pseudoabstrato

5/27/2011

Capítulo XXVI

Tudo está muito estranho, não sinto que sou o mesmo, de alguma forma mudei, mas para algo melhor, algo que sente.
É estranho pensar que tudo aquilo que um dia eu já escrevi, realmente existe, é estranho pensar que almas gêmeas existem, mas é fácil para eu aceitar que SIM, elas moram longe. Afinal, só ganha o prêmio quem faz valer a pena, não é.
 

Hoje sinto algo batendo em meu peito, bombeando vida por todas as extremidades do meu corpo, me sinto vivo, me sinto feliz, me sinto normal mas com limitações, pois só penso em uma coisa.
 

Penso em quão bom seria me pegar enfeitiçado pela beleza daqueles dois lagos verdes, olhando tão única e fixamente que meus pés sem querer saíriam do chão. Quão bom seria sentir o calor, o cheiro, todo o volume macio derretendo entre meus braços, me implorando para nunca mais soltar.
 

Tento imaginar toda a euforia do momento em que as tenras partes de carne se tocarem, liberando fogos de artifício em um céu de outono, se fazendo vistas de todos os quatro pilares da terra, sem medo do que acontecerá depois, agarrando a possibilidade do desconhecido, apenas por sentir que simplesmente era pra acontecer, naquela exata hora, naquele exato momento.
 

Sempre disse que minha vida era um livro, sendo escrito cada capítulo por sua vez, detalhando todas as experiências que moldariam o meu ser, mas que não cabia a mim escrever sozinho os capítulos finais. É estranho admitir algo que por muito se negou, mas hoje sinto uma certa facilidade em dizer que finalmente encontrei alguém que enfim me completará, de A a Z.



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